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quarta-feira, 13 de março de 2013

No dia Internacinal da Mulher, uma publicação da companheira Marcia Atik


Comemoração ou reflexão?
(*)Marcia Atik

Acredito que o Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem,tem, uma importância bem específica.
... Não falo do desagravo, que as operarias inglesas foram obrigadas a fazer em 1857, que terminou de maneira trágica com a morte de 130 delas;
não falo em comemoração a algo conquistado o que as mulheres dos anos 70 do século passado fizeram e que naquele momento era totalmente pertinente, pois estávamos ganhando de presente a liberdade;
Falo sim, em utilizar esse dia que está marcado no calendário do mundo ocidental desde 1910 como um espaço para a reflexão e aproveitá-lo.
Eu poderia fazer o discurso tradicional sobre as mudanças da vida da mulher nas últimas décadas.
Quer pelo advento da pílula anticoncepcional que facilitou a mulher o exercício da sua sexualidade com mais liberdade; quer pelas facilidades da emancipação cultural e intelectual da mulher, e a nova compreensão dos pais a respeito do potencial feminino,que vai muito além do livro de culinária ou dos romances melados.
Nesse momento em que temos uma presidente mulher dirigindo o nosso país, também temos que falar da possibilidade que agora temos de galgar e ansiar por vôos mais altos.
Mas vale a pena refletir sobre como estamos fazendo isso, seguindo a receita e modelo tradicional que foi imposto pelo homem, pois fazemos parte de uma sociedade falocentrica ou resgatando aquilo que é nosso, e que talvez sem querer ainda não tenhamos consciência da falta que isso faz.
Quero aqui fazer apologia de um feminismo realmente feminino, aproveitando tudo de legítimo e bom das conquistas que as mulheres lutadoras de outrora nos deixaram, mas sem perder de vista, ou melhor, temperando com aquilo que existe de melhor e é própria da mulher do século 21, a percepção de suas necessidades afetivas e sexuais, a sua capacidade de gestar e acarinhar suas crianças e também seu homem, mas também acalentar sonhos e desejos, enfrentando os revezes sem desmaiar, mas desatando o nó como só as mãos femininas são capazes de fazer.
Liberdade conquistada é isso, a possibilidade e capacidade de cantar, dançar, chorar e também sorrir, isso é o bem maior que a vida nos dá. A própria vida.
Portanto..sorrir,cantar,dançar exercitar a graça da bailarina que com certeza está aprisionada dentro de toda mulher.
Às vezes achamos ser impossível fazê-lo, é nesse momento que devemos comemorar a mulher de uma maneira bem feminina, tendo um olhar realista para as perdas ativando o desejo de desfrutar de um projeto de vida pessoal que utilize a excelência da própria experiência num viver criativo e prazeroso.
Ser mulher inteira, a cada dia se reconhecer e se validar.
Hoje gozo, amanhã choro, acerto e erro tendo coragem e medo.
Olhando com atenção o que é belo;
Ouvindo uma musica com o coração;
Saboreando a vida e o bolo de chocolate sem culpas;
Acariciando e se arrepiando;
Abrindo os canais de conexão com seus próprios desejos.

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